Discurso nas Nações Unidas
12 países não ouvem Ahmadinejad
Doze delegações, incluindo a francesa e a norte-americana, abandonaram quinta-feira a sala da assembleia-geral da ONU em protesto contra o discurso do presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad.
Um diplomata francês considerou o discurso do chefe de Estado iraniano "inaceitável" e revelou que houve uma concertação europeia sobre uma eventual saída da sala.
Também Marco Kornblau, porta-voz da missão dos EUA, condenou o discurso do presidente iraniano. "É decepcionante que Ahmadinejad tenha escolhido uma vez mais recorrer a uma retórica odiosa, insultuosa e anti-semita", disse.
Perante as diplomacias mundiais, Ahmadinejad não se coibiu se fazer ataques verbais, especialmente aos EUA e aos judeus. "Não é mais aceitável que uma pequena minoria domine a política, a economia e a cultura numa grande parte do Mundo, graças às suas redes sofisticadas, instaure uma nova forma de escravidão e prejudique a reputação de outras nações, incluindo nações europeias e os EUA, para atingir os seus fins racistas", disse.
As guerras do Iraque e do Afeganistão mereceram também um reparo do presidente iraniano, que considerou não ser "aceitável enviar tropas para fazer a guerra e espalhar o sangue, o terror e a intimidação".
A par da França e dos EUA, Canadá, Grã-Bretanha, Itália, Alemanha, Dinamarca, Hungria, Argentina, Nova Zelândia, Austrália e Costa Rica boicotaram o discurso de Ahmadinejad.
Recorde-se que na semana passada o chefe de Estado iraniano voltou a repetir que o Holocausto dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial era um mito e exigiu um estudo para o comprovar.
Fonte : CM
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