Por corrupção, branqueamento de dinheiro e falsificação de documentos
O ex-presidente de Taiwan, Chen Shui-bian, detido em Novembro do ano passado, e a sua esposa, Wu Schu-chen, foram condenados a prisão perpétua por corrupção, branqueamento de dinheiro e falsificação de documentos, anunciou esta sexta-feira o porta-voz do tribunal local.
Chen admitiu ter utilizado recibos falsos para reclamar dinheiro do Estado mas alegou sempre que o dinheiro não se destinava a benefício próprio mas sim a missões diplomáticas secretas.
Durante o seu julgamento, o ex-presidente acusou a nova classe dirigente do país, os adversários políticos do Kuomintang liderados por Ma Ying-jeou, de estarem por detrás de uma cabala política para o incriminar.
Chen Shui-bian, que decidiu não estar presente aquando a leitura da sentença, perdeu a imunidade depois de abandonar as suas funções em Maio de 2008, tendo sido colocado em detenção provisória, a 12 de Novembro e é o primeiro alto dirigente da ilha a ser julgado e condenado em Tribunal.
Também o seu filho Chen Chih-Chung foi condenado a dois anos e meio de prisão por lavagem de dinheiro enquanto que a sua nora, Huang Jui-ching, saiu do Tribunal com pena suspensa.
A família estava acusada de desviar montantes equivalentes a 25 milhões de dólares (17,13 milhões de euros).
Após o conhecimento do veredicto, Chaing Chi-ming, um porta-voz do antigo líder da ilha nacionalista, veio a público afirmar que a pena aplicada a Chen é ilegal. “ O veredicto é totalmente inaceitável. Pensamos que é ilegal porque violou as leis de Processo", explicando que se refere a uma decisão de mudar os juízes a meio do julgamento e considerou ser "óbvio que se trata de uma perseguição política dirigida ao antigo presidente Chen Shui-bian".
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Fonte : CM e SIC
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